domingo, 24 de fevereiro de 2013

Lusito - Patilhão e Paneiros...

Enquanto se trabalha mais afincadamente no projecto da fragata Pero Escobar, apenas conseguimos avançar um pouco com o nosso Lusito. Assim, aqui ficam as fotos da caixa do patilhão já colocada na sua posição e dos paneiros, 
 


Até à proxima

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Gina - "Em fabricos"...

Conforme referimos num post anterior à medida que vamos publicando sobre a construção do modelo iremos também falar um pouco da história do navio... 

Historial - 1957

A 30 de Junho foi aumentada ao efectivo da Armada.
A entrega do navio foi efectuada no cais do estaleiro do construtor e sem solenidades especiais apenas uma cerimónia simples, tendo o CMG Vangeli da firma “SHIPLO” sido incumbido de a fazer à Marinha de Guerra Portuguesa. Assistiram o Encarregado de Negócios de Portugal, como representante do Governo Português, sub-chefe do EMA, autoridades navais Italianas e Americanas, direcção do Estaleiro e vários convidados.
A 16 e 20 de Agosto, largou para o mar, a fim de realizar experiências de máquinas e de todos os equipamentos e material diverso.
A 26 do mesmo mês, deixou Castellmar com destino a Nápoles, onde chegou pouco tempo depois. Aqui permaneceu algumas horas, tendo seguido para La Spézia, onde esteve 16 dias amarrado dentro do porto.
A 11 de Setembro, zarpou de novo com rumo a Nápoles, onde ficou também 19 dias, tendo reparado os motores “Diesel”.
A 9 de Outubro, largou para Portugal, fundeando em Sesimbra 4 dias depois, com a finalidade de preparar o navio para chegar a Lisboa, a horas compatíveis com o cerimonial marítimo.
A 14 de Outubro, entrou no Tejo acompanhado por várias embarcações de recreio todas embandeiradas e salvou à terra com 21 tiros.
Tendo estado 2 dias fundeado em frente da Praça do Comércio, recebeu a bordo os ministros da Defesa e da Marinha, além das altas patentes militares.
A 10 de Novembro, seguiu para o Arsenal do Alfeite, a fim de efectuar pequenas beneficiações e reparações nos motores “Diesel”. Seguidamente esteve 10 dias no plano inclinado para limpar o fundo, beneficiar os zincos, analisar os veios e encher corrosões que existiam em algumas chapas.

O Modelo

Após mais umas sessões de trabalho e depois de coladas e aparafusadas todas as chapas de madeira, começamos a dar a forma pretendida ao casco. Em primeiro lugar desbastamos a linha de estibordo e bombordo junto ao convés de modo a ficar já com a forma longitudinal do navio conforme o plano geométrico. Nada melhor que as fotos para ilustrar,
 
Acertar as ultimas chapas de madeira e marcar o convés

A proa
 
Marcação convés à proa

Marcação do convés à popa

Preparação para a colagem das ultimas chapas

Modelo já com o desbaste longitudinal

Visão de convés

Os gabaritos para começar a acertar o casco

Vista geral... e depois de arrumada a Oficina...
 
As ferramentas de modelismo utilizadas...
 
 
 
Até à próxima...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

“GINA” – Características e Modelo

PERO ESCOBAR
(30 Junho 1957 a 1 de Setembro de 1976)


Desenho, de Ricardo Graça Matias, mostrando a fragata Pero Escobar com o seu aspecto inicial acabada de chegar da Navalmeccanica em Castellamar di Stábia, próximo de Nápoles onde foi construída. Só em 1971 o seu aspecto surgiria alterado quando o armamento de fabrico italiano foi substituído por outro de proveniência norte-americana.
 
Conforme referido anteriormente e simultâneo à construção do modelo iremos descrever um pouco das características e a história da fragata Pero Escobar. Desde já, os nossos agradecimentos ao nosso colega José Elias incansável na busca de informação e fotografias detalhadas sobre o navio e à Dra. Isabel Beato do Arquivo Geral da Marinha incansável nesta demanda.
 
Assim a construção da fragata deu inicio a 7 de Janeiro de 1955 nos estaleiros navais de “Castellamar di Stábia”, em Itália. Sendo o casco lançado ao mar em 25 de Setembro do mesmo ano. O Casco é tipo “flush deck”.
 
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Indicativo do navio                                                    F335
Deslocamento máximo                                              1.600 tons
Deslocamento standard                                              1.250 tons
Comprimento (fora a fora)                                         90,09 metros
Boca                                                                          10,85 metros
Calado máximo                                                          4,98 metros
Velocidade máxima                                                   32,6 nós
Velocidade Cruzeiro                                                  16 nós
Autonomia                                         3.100 milhas a 13,5 nós
ARMAMENTO

2 peças simples de 76 mm, 1 dupla de 40 mm, 2 duplas de 20 mm
1 reparo triplo lança torpedos de 21"
2 SQUIDS A/S
2 calhas lança bombas de profundidade
EQUIPAMENTOS
2 sonares “AN/SQS-29” e “147-F”; 3 radares, um de navegação e os outros de aviso combinado e de artilharia; 3 transmissores; 4 receptores; 2 transreceptores; 1 Loran; 1 girobússola, com respectivos repetidores; 1 sondador, 3 motores “Diesil”
MÁQUINAS
turbinas “Naval Mecânica” – SHP 12.000 cada; 2 caldeiras aquitubulares “Foster Welter” com combustível nafta e capacidade de 236 tons.
LOTAÇÃO
172 homens
MODELO
Após mais algumas sessões de trabalho lá se começou a colar e a aparafusar definitivamente as placas de madeira com a forma das linhas geométricas. É de salientar, mais uma vez, que devido ao tamanho do modelo optou-se e bem por retirar toda a madeira interior que estivesse em excesso, pois ao colar as chapas a força exercida pela madeira é tão grande que teria logo desde o inicio provocado o empeno.  
As ultimas fotos,
 



 
Até à proxima,

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

"Gina" - Carpintaria e Modelo

Sem duvida que fazer um modelo a esta escala e nesta fase do casco, implica a utilização de ferramentas a um nível mais profissional, "tico-tico", garlopas, plainas, formões e grossas para poder dar a forma adequada e esbelta a um casco de dois metros.
Nesta sessão mais uma vez com a serra tico-tico retiramos o excesso de madeira para tornar o casco mais leve e menos susceptível, depois de colado e aparafusado, a poder sofrer qualquer tipo de oscilação ou deformação devido às condições atmosféricas.
Assim aqui ficam as fotos desta sessão...
 




 
 
Paralelamente e pese embora alguns desses modelos aguardem melhores dias de construção, continua a decorrer o Workshop relativo ao nosso Vouga, tendo como um verdadeiro defensor desta embarcação o nosso amigo João... 
 
 

 
Até à próxima...
 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Ainda os símbolos do NRP Pêro Escobar Modelo

Como referimos num dos anteriores post, aparecem em algumas fotos da “Gina”, apesar de pouco claros, pelo menos mais dois símbolos, que até agora não nos foi possível identificar. Um deles na chaminé, um disco, que nos parece conter uma pintura de uma cara, com um chapéu com vários bicos,

 
 
 
 
O outro, igualmente, o que nos parece ser um disco, bastante imperceptível, colocado em local que ainda não conseguimos identificar e que na sua parte inferior, apresenta aquilo que parece ser um ondulado, talvez representativo das ondas do mar,






Por mero acaso, ao consultarmos a internet, encontrámos no blogue Reservanaval.pt, a seguinte referência:
O texto que a seguir transcrevemos e que acompanhou as duas imagens é da autoria do 1TEN AN Ref Raul de Sousa Machado:
 “… Já agora, aqui lhe mando mais duas fotos da Gina, tiradas na viagem de instrução do meu curso (Afonso Cerqueira) ao Mediterrâneo, no Verão de 1972.
Na câmara de oficiais havia uma foto da Gina Lollobrigida com dedicatória ao navio, assinada pela artista. Havia ainda um retrato a óleo do navegador Pero Escobar, pintado pelo meu pai*…”.
Esta informação deixou-nos com a “pulga atrás da orelha”. Será que este óleo de Raúl de Sousa Machado terá servido de matriz para a feitura da imagem que se vê na chaminé da Pêro Escobar? Se sim, onde parará essa pintura, ou pelo menos o seu esboço?
Aguardamos o resultado de um eventual contacto, com o filho do Sr. Cmdt, para confirmarmos ou não esta hipótese.
Ficamos entretanto, na expectativa e desde já solicitamos a algum leitor, que eventualmente nos possa ajudar, nos forneça, qualquer informação para este blogue ou directamente na oficina no Museu de Marinha.
O MODELO
Após o estudo pormenorizado do modelo nomeadamente quanto às linhas geométricas, procedemos ao corte em papel dessas linhas que posteriormente foram coladas na madeira. Ora, com serras tico-tico recortamos a madeira de forma a ficar com a forma das linhas, conforme demostram as imagens,
Corte da madeira

Placas de madeira recortadas


Com as tábuas já cortadas colocamos cada uma na sua exacta posição vertical, já com as linhas do convés, de modo a podermos ficar já com a noção do desbaste que teremos de efectuar, bem como, da forma final, conforme as fotos,  
 



 
 
Atá à próxima