O inicio...
Os
Vougas são pequenos navios ou embarcações miúdas, exclusivamente construídas em
madeira e movidas à vela, cuja função primordial era a do passeio familiar pela
Ria. Salvo raras excepções, são navios de casco redondo, com quilha ou patilhão móvel, e na sua origem armavam
duas velas, a grande do tipo latino com mastaréu e o triângulo de vante ou
estai.
Actualmente apresentam uma vela grande
triangular, um triângulo de vante e um balão, e o mastro é uma peça única.
Em traços largos resulta que esta embarcação
teve a sua origem em Ílhavo através do trabalho idealizado e realizado pelo Mestre António Ferreira
Gordinho que os construiu nos anos 20 do século passado, mais
precisamente e o primeiro de que há memória em 1925. Na verdade, terão sido os antigos capitães dos lugres
bacalhoeiros que, saudosos dos seus barcos e do contacto com a navegação à
vela, lhe teriam encomendado os primeiros Vougas, para se passearem e passearem
a família nas calmas águas da Costa Nova.
Pelo
que, a origem dos Vougas estará algures
entre a contemplação e observações feitas pelos capitães e marinheiros dos
Lugres, admirando os pequenos veleiros, de extraordinária beleza, levando a
bordo a fina flor da aristocracia rica de Nova Iorque que por ali, em torno de
Newport tinha as suas belas mansões de férias...
O próprio Sr.
Gordinho viajou até estas paragens, e talvez um dos objectivos dessa viagem
fosse colher informações sobre como melhorar os seus vougas...
(Continua)
(Excertos de Embarcações
Tradicionais de Recreio da Ria de Aveiro – Hélder Ventura)
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Voltando ao nosso modelo…
Após algumas tentativas
com a escolha do tecido para as velas, neste caso concreto a vela grande e
genoa, optamos por um tecido fino de algodão previamente lavado num banho de
tapa poros para ganhar alguma consistência e firmeza, conforme mostram as
fotografias,
Demos também início à
execução do patilhão através de uma alma de contraplacado de 3mm que
posteriormente foi fibrada (manta de 200g e resina). Após a cura irá ser
afagado e betumado, aqui ficam as fotos da primeira fase,
Quanto ao torpedo e
pese embora a determinação dos modelistas envolvidos no feito, o certo é, que o
alumínio não aguentou o calor e o chumbo já derretido verteu pelo fundo do
púcaro não chegando a entrar no molde… :-(
Até próxima…
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