sábado, 3 de novembro de 2012

Os Vougas - Um pouco de historia…

O inicio...


Os Vougas são pequenos navios ou embarcações miúdas, exclusivamente construídas em madeira e movidas à vela, cuja função primordial era a do passeio familiar pela Ria. Salvo raras excepções, são navios de casco redondo, com quilha ou patilhão móvel, e na sua origem armavam duas velas, a grande do tipo latino com mastaréu e o triângulo de vante ou estai.
Actualmente apresentam uma vela grande triangular, um triângulo de vante e um balão, e o mastro é uma peça única.

Em traços largos resulta que esta embarcação teve a sua origem em Ílhavo através do trabalho idealizado e realizado pelo Mestre António Ferreira Gordinho que os construiu nos anos 20 do século passado, mais precisamente e o primeiro de que há memória em 1925. Na verdade, terão sido os antigos capitães dos lugres bacalhoeiros que, saudosos dos seus barcos e do contacto com a navegação à vela, lhe teriam encomendado os primeiros Vougas, para se passearem e passearem a família nas calmas águas da Costa Nova.
Pelo que, a origem dos Vougas estará algures entre a contemplação e observações feitas pelos capitães e marinheiros dos Lugres, admirando os pequenos veleiros, de extraordinária beleza, levando a bordo a fina flor da aristocracia rica de Nova Iorque que por ali, em torno de Newport tinha as suas belas mansões de férias...
O próprio Sr. Gordinho viajou até estas paragens, e talvez um dos objectivos dessa viagem fosse colher informações sobre como melhorar os seus vougas...

(Continua)
(Excertos de Embarcações Tradicionais de Recreio da Ria de Aveiro – Hélder Ventura)

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Voltando ao nosso modelo…

Após algumas tentativas com a escolha do tecido para as velas, neste caso concreto a vela grande e genoa, optamos por um tecido fino de algodão previamente lavado num banho de tapa poros para ganhar alguma consistência e firmeza, conforme mostram as fotografias,   


 
Demos também início à execução do patilhão através de uma alma de contraplacado de 3mm que posteriormente foi fibrada (manta de 200g e resina). Após a cura irá ser afagado e betumado, aqui ficam as fotos da primeira fase,

 
Quanto ao torpedo e pese embora a determinação dos modelistas envolvidos no feito, o certo é, que o alumínio não aguentou o calor e o chumbo já derretido verteu pelo fundo do púcaro não chegando a entrar no molde… :-(
Até próxima…

 

 

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